As discussões e os bastidores da criação do 5° Instituto em Minas Gerais

As discussões e os bastidores da criação do 5° Instituto em Minas Gerais

Origem do IFMG, Agrotécnicas do Sul de Minas, CEFET/Ouro Preto, CEFET/Bambuí, Escola Agrotécnica de São João Evangelista, conflitos.

O vídeo traz um relato de Robson Ferreira, que atualmente é professor do IFMG/Formiga e à época era diretor-geral deste campus, sobre o processo de criação do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). Robson Ferreira vai além dos dizeres da lei 11.892 em si e detalha as principais motivações, as negociações e as dificuldades e conflitos envolvidos nesse processo de criação de uma nova institucionalidade em educação profissional e tecnológica. Na sua percepção, o projeto de criação dos Institutos foi significativo, mas também foi marcado por incertezas e falta de detalhamentos. Os IF’s seriam bem distintos das universidades e também não seriam uma simples reprodução do modelo dos CEFET’s. Porém pouco se sabia sobre as características e os detalhamentos da estrutura e do funcionamento da nova instituição. Ele comenta sobre o peso dado às articulações políticas durante esse processo de criação do quinto Instituto em Minas Gerais, já que a princípio seria apenas um Instituto por Estado e ao decorrer das negociações, Minas Gerais saltou para quatro e depois para cinco Institutos. Este relato resgata também uma parte da trajetória das instituições que deram origem ao Instituto Federal de Minas Gerais, sobretudo do CEFET/Bambuí e sua decisão à época de não se integrar às escolas agrotécnicas do Sul de Minas (Muzambinho, Machado e Inconfidentes) e partir para uma outra via, a de formação do quinto instituto juntamente com o CEFET/Ouro Preto e a Escola Agrotécnica de São João Evangelista. Contudo, Robson Ferreira assinala que esse processo de integração de escolas e culturas organizacionais distintas foi também marcado por seus conflitos: “foi um processo conturbado de reuniões longas e acaloradas”.